Atualmente os casamentos tardios, juntamente com o perfil da mulher moderna, nos apresenta uma nova realidade: gestação cada vez mais tarde ou mesmo o desejo de não engravidar. No entanto, deixar para ter filhos mais tarde sem optar por opções preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos, faz com que seja cada vez mais difícil engravidar, principalmente após os 35 anos de idade.
O que muitas mulheres não sabem é que os nossos óvulos são produzidos enquanto estamos na barriga da nossa mãe! Isso mesmo! Enquanto somos fetos! Essa produção finaliza por volta da vigésima semana de vida (paramos de produzir óvulos novos nos 5 meses da vida intrauterina) e na segunda metade de vida a menina perderá em torno de 50.000 folículos por dia, até o nascimento
Nascemos com 1 a 2 milhões de folículos e quando atingimos a puberdade (no início de nossa vida reprodutiva) temos entre 300.000 a 500.000 folículos. E durante a vida reprodutiva perdemos em média 1.000 folículos por mês para que apenas um óvulo seja liberado.
Se fosse apenas pelo número de folículos reduzir, poderíamos pensar que uma mulher de 40 anos teria apenas menos folículos e consequentemente menos óvulos quando comparada com uma mulher de 20 anos, mas não é só isso.
Os óvulos de melhor qualidade são recrutados (chamados pra participar das etapas de desenvolvimento até amadurecer) nos primeiros anos de vida reprodutiva ( 16-25anos) e ovulados. Os de menor qualidade ficam no ovário e serão ovulados mais tarde. Essa seleção natural diminui as chances de gravidez com o passar da idade e aumenta assim a chance de erros genéticos (malformações), aumentando as taxas de aborto a medida que a idade da mulher aumenta. Esse processo atrapalha a gravidez natural tão quanto as técnicas de reprodução assistidas como a FIV (fertilização in vitro).
E então, quando é esta idade ideal de se engravidar?
O ideal é que a mulher tenha o seu primeiro filho até os 35 anos de idade. Nesta idade, a chance de uma mulher engravidar é de 25%. A partir dos 40 anos de idade as chances caem para 10%, 41-42 anos 5%, 43-44 anos menos de 5% e acima de 45 anos menos de 1%.
fonte: procriar.com.br
Como posso avaliar a minha reserva ovariana.
Atualmente existem 3 formas de avaliação de reserva ovariana: Dosagem do Hormônio Folículo Estimulante (FSH), Contagem de Folículos Antrais (realizado por ultrassonografia) e a dosagem do Hormônio Anti-Mulheriano (AMH). Esses exames realizados na fase correta do ciclo menstrual e analisados de forma combinada, estimam com maior precisão a reserva ovariana.
E se você está pensando em postergar a gravidez, saiba como funciona o congelamento de óvulos (criopreservação).
Como disse, este tratamento é uma opção interessante para mulheres que desejam postergar a maternidade ou mesmo apresentam duvida quanto ao desejo de gestar. E funciona da seguinte forma: A mulher procura uma clinica de reprodução e inicia todo um processo de estimulo ovariano, como se fosse para um tratamento de FIV. Só que ao invés de se fazer a fecundação no laboratório este processo é interrompido, apenas se congelando o gameta feminino (óvulo). Funcionando assim como uma “poupança” de óvulos. Assim, esses óvulos poderão ser utilizados até os 50 anos de idade desta mulher, idade definida pelo CFM (conselho Federal de Medicina), para se realizar se realizar qualquer tratamentos de reprodução.
Vale ressaltar que o congelamento de óvulos não garante uma gestação no futuro. Nenhuma técnica pode garantir uma gestação ou um filho. Mas a preservação da fertilidade proporciona uma maior chance de ter um filho para mulheres que desejam uma gravidez futura, especialmente após os 35 anos.
Então, segue algumas dicas para cuidar melhor dos seus óvulos:
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💜 EVITE TER VÍCIOS! O tabagismo, o álcool e o consumo de drogas ilícitas prejudicam sua fertilidade! O cigarro está associado a atraso na concepção natural e também diminui a reserva ovariana. O álcool em doses moderadas pode levar a desordens menstruais e ovulatórias.
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💜 ESTEJA NO PESO ADEQUADO! A obesidade prejudica a função do eixo hormonal hipotálamo-hipófise-ovariano (eixo da ovulação e da preparação endometrial).
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💜 ALIMENTE-SE BEM! Os nutrientes que precisamos podem ser encontrados em uma boa dieta com consumo de gorduras de boa qualidade como peixe, castanhas e amêndoas, frutas, legumes e verduras e evitando frituras, alimentos processados e carboidratos a base de farinha de trigo.
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💜 FAÇA EXERCÍCIOS! Sair do sedentarismo é muito importante! Exercícios regulares, de intensidade moderada, auxiliam a fertilidade pela redução da resistência insulínica e manutenção do peso adequado!
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💜 DURMA BEM! O sono é reparador e durante uma boa noite de sono produzimos melatonina e diminuímos o nível de cortisol. A melatonina está associada a modulação do crescimento folicular, compartimento dos ovários onde ficam os oócitos que vão amadurecer e ser liberados.
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💜 USE SUPLEMENTOS DIETÉTICOS COM CRITÉRIO! A reposição de ácido fólico é indicado para todas as tentantes e a vitamina D também deve ser mantida em uma faixa adequada nas futuras mamães! Converse com seu médico e veja o que é realmente necessário!
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💜 CONTROLE O ESTRESSE! O estresse ativa um eixo hormonal que leva a maior liberação de hormônios (como o cortisol e catecolaminas) que inibem o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano.
Converse com um especialista, avalie sua reserva ovariana e entenda as técnicas que podem ajudar você no sonho da maternidade!